Anualmente, a 12 de maio, celebra-se o dia da S. Joana
Princesinha. Ela nasceu a 6 de fevereiro de 1452. Princesa da Casa de Avis,
filha de D. Afonso V e, da sua primeira esposa D. Isabel. Chegou a ser jurada
Princesa herdeira da Coroa de Portugal, até antes do seu irmão D. João II.
Após recusar intensamente
várias propostas de casamento, Joana juntou-se ao convento dominicano de Jesus,
em Aveiro, em 1475. O seu irmão, até então, foi dado um herdeiro, para que a
linha da família não estivesse mais em perigo de extinção. Ainda assim, ela foi
obrigada várias vezes para deixar o convento e voltar à corte. Recusou uma
proposta de casamento de Carlos VIII de França, 18 anos mais novo
que ela. Em 1485, ela recebeu outra oferta, do recém-viúvo Ricardo III de Inglaterra, que era apenas oito meses mais novo. Este era para ser parte de uma
aliança de casal conjugal, com sua sobrinha Isabel de Iorque se casar com seu primo, o futuro D.
Manuel I. No entanto, a sua morte em combate, do qual Joana supostamente teve
um sonho profético, suspendeu esses planos. Joana nunca chegou a professar
votos de freira dominicana por ser princesa real e potencial
herdeira do trono. No entanto viveu a maior parte da sua vida no Convento de Jesus de Aveiro, desde 1475 até à sua morte, seguindo em tudo a
regra de vida e estilo das monjas.
A princesa Joana foi beatificada (dada beata)
em 1693 pelo Papa Inocêncio XII,
tendo festa a 12
de maio. E o Papa
Paulo VI, a 5 de janeiro de 1965, declarou-a especial protetora da cidade de Aveiro.
No início do século XVIII, a nobreza portuguesa,
clero e corte tiveram um renascimento do interesse pela princesa. Durante este
tempo, o artista português Manuel Ferreira
e Sousa foi o
artista mais famoso nesse renascimento. Ele foi contratado por várias
instituições religiosas, nobres e até a família real para pintar cenas de sua
vida.
S. Joana Princesinha morreu a 12 de maio de
1490.
Beatriz
Lapa, 5ºE, Clube de Jornalismo