O Coordenador do Jornal Moliceiro
Entrevista com a professora Manuela
Capão
Tal como o nome diz, este
clube serve para dançar de forma divertida e por vezes competitiva, pois os
membros, num máximo de vinte, participam em competições promovidas pelo
Desporto Escolar (DE) com outros clubes de dança de outras escolas aderentes.
Não está limitado a um estilo de dança, interessando, principalmente, ir ao
encontro do que os(as) alunos(as) gostam. O grupo constrói coreografias que
devem seguir critérios definidos para o seu ajuizamento, participando nas
Concentrações de Dança do DE com as coreografias elaboradas durante as aulas. Atualmente
o clube é formado, na maioria, por raparigas, estando inscrito um rapaz que
apresentou alguma falta de assiduidade por motivos de saúde. Era interessante o
clube contar com um número mais elevado de rapazes, como acontece nos clubes de
outras escolas. Os rapazes também serão bem acolhidos, se decidirem embarcar
nesta “dança”. Para sabermos mais conversámos com a professora Manuela Capão,
responsável por este clube?
Quais são os objetivos do Clube de dança?
Como qualquer outro clube da
escola, tem como objetivo a ocupação dos tempos livres dos alunos aderentes, de
uma forma que vai ao encontro dos seus interesses, porque a dança é uma das
grandes preferências das crianças e jovens; e de forma saudável, uma vez que se
trata de uma modalidade desportiva que promove a prática dessa modalidade.
Que aptidões são exigidas a um aluno ou aluna para vir
para o clube de dança?
Nenhumas. Todos os alunos são
bem-vindos ao clube, desde que gostem de dançar, queiram aprender a dançar e se
envolvam nas atividades deste projeto de forma responsável. Está no clube de
dança quem quer estar.
Que tipo de danças é praticado no clube?
No clube preparam-se
coreografias de grupo que podem englobar vários tipos de dança como a Dança
Contemporânea ou Hip-Hop. Muitas das vezes os passos utilizados não pertencem a
nenhum tipo específico ou englobam vários tipos. Procura-se que os movimentos estejam
de acordo com as músicas escolhidas, não só no que diz respeito aos ritmos, mas
também às letras e a outros fatores que envolvem essas mesmas músicas.
Que relação tem a dança com a promoção do sucesso
escolar?
O facto de, neste clube, os
alunos fazerem o que gostam e ocuparem o seu tempo livre numa atividade que
lhes dá prazer e que é saudável, para além de promover o seu desenvolvimento
integral, a dança é um projeto que, pelas suas características, faz com que os
seus membros se sintam felizes, na escola e na vida.
Na sua opinião, de que maneira o clube de dança
influenciou a vida dos participantes?
Para além de se ocuparem de
forma positiva, os alunos que aderiram a este clube, com certeza, desenvolveram
o seu espírito de grupo ao abraçarem este projeto. Nas concentrações / competições
promovidas pelo Desporto Escolar, o grupo faz o seu melhor em representação dos
que não podem ir, por excederem o número permitido, e em representação da
escola e do agrupamento. Estão, com certeza, mais criativos, têm melhorado,
garantidamente, a sua autoconfiança, já aumentaram as suas competências na
dança (principalmente aqueles que nunca a praticaram noutras instituições).
Que aspetos fazem falta ao clube de dança para ser o
que a professora gostaria que fosse? Era
bom que todos os alunos pudessem vir nos horários disponíveis. Seria muito mais
fácil preparar as coreografias, mantendo-se o grupo homogéneo, em todos os
horários. Também era positivo ter mais tempo para o trabalho de retaguarda que
é necessário desenvolver, como a preparação das coreografias, dos fatos e
assessórios necessários, etc.
Que mensagem diria aos rapazes para virem para o clube
de dança?
Que a dança faz parte da vida
do ser humano desde sempre, tal como a música. Que todos podem participar neste
clube, pois não seleciona os alunos com mais competências de dança, à partida,
dando oportunidades a todos de as desenvolverem. Que o clube ficaria muito mais
rico se tivesse rapazes. Que, ao longo da vida, vão sentir necessidade de saber
dançar, pois é uma das formas de conviver socialmente e de se relacionarem com
os outros de uma forma que faz bem ao corpo e à mente.
Entrevista realizada por Sarah
Evily, 9ºC, Clube de Jornalismo