1º de dezembro de 1640: dia da resturação da independência de Portugal



A morte de D. Sebastião, em 1578, trouxe problemas de sucessão ao trono.

Este era disputado por diversos pretendentes. Entre eles, destacavam-se a duquesa de Bragança, D. Catarina, Filipe II de Espanha, e D. António, Prior do Crato. O mais legítimo herdeiro seria a duquesa, mesmo sendo mulher, já que descendia de D. Manuel por via masculina; Filipe II, por seu turno, era um estrangeiro e descendente de D. Manuel por via feminina; quanto a D. António, embora fosse também neto por via masculina, pesava sobre ele o facto de ser filho bastardo e de a sua mãe ser cristã-nova.

Filipe, no entanto, conseguiu subornar os grandes do reino com o ouro vindo das Américas, e a coroa começou a pender favoravelmente para o seu lado. Para estes, a ideia de uma união pessoal com a Espanha seria altamente proveitosa para Portugal, que estava a passar um mau momento económico.

A 24 de Julho de 1580, durante a preparação para a esperada invasão espanhola, D. António foi aclamado rei de Portugal pelo povo, no castelo de Santarém. D. António pedira ao povo que o aclamasse apenas regedor e defensor do reino, mas já o povo rejubilava. É aclamado também em Lisboa, Setúbal e em numerosos outros lugares [1]. No entanto, um mês mais tarde, a 25 de Agosto, as suas forças são derrotadas na batalha de Alcântara pelas do duque de Alba.

Em 1580 inicia-se a União Ibérica ou Domínio Filipino que trouxe desvantagens para Portugal e, para além disso, foi um período de 60 anos em que Portugal esteve sob o domínio de reis espanhóis.

Ao descontentamento do povo, provocado pelo agravamento dos impostos, associou-se o da nobreza e o da burguesia.

A nobreza, porque não tinha acesso aos altos cargos a que aspirava e era obrigada a participar na guerra sem qualquer recompensa; a burguesia, porque viu diminuir os seus lucros comerciais com a concorrência de holandeses, ingleses e franceses e com os ataques às nossas colónias.

Toda esta situação fez aparecer em Portugal um clima generalizado de agitação. A nobreza começou então a conspirar e a preparar uma revolta. Foi no Palácio da Independência, também chamado Palácio da Restauração, que D. Antão de Almada, o proprietário do palácio, e os 40 conjurados planearam a última reunião que deu origem à Restauração da Independência de Portugal. Este palácio fica situado no Largo de São Domingos, junto ao Largo do Rossio em Lisboa.

No dia 1 de dezembro de 1640, alguns nobres portugueses vão ao Paço da Ribeira, matam o secretário de Estado, D. Miguel Vasconcelos, e prendem a duquesa de Mântua, que era a representante do rei de Espanha em Portugal.

É, então restaurada a independência de Portugal e D. João IV é aclamado rei. Entretanto começa a Guerra da Restauração, na qual os portugueses vencem os espanhóis em várias batalhas e, termina em 1668, com um tratado de paz entre Portugal e Espanha.





Texto: Maria José Fernandes, 7º B, Clube de Jornalismo

Fontes: História e Geografia de Portugal, 5ºano, Fátima Costa e António Marques, Porto Editora; Wikipédia.

Foto do palácio da Independência: goo.gl/qGUPQa