A morte de D. Sebastião, em 1578, trouxe problemas de
sucessão ao trono.
Este era disputado por diversos pretendentes. Entre eles,
destacavam-se a duquesa de Bragança, D. Catarina, Filipe II de Espanha, e D.
António, Prior do Crato. O mais legítimo herdeiro seria a duquesa, mesmo sendo
mulher, já que descendia de D. Manuel por via masculina; Filipe II, por seu
turno, era um estrangeiro e descendente de D. Manuel por via feminina; quanto a
D. António, embora fosse também neto por via masculina, pesava sobre ele o
facto de ser filho bastardo e de a sua mãe ser cristã-nova.
Filipe, no entanto, conseguiu subornar os grandes do
reino com o ouro vindo das Américas, e a coroa começou a pender favoravelmente
para o seu lado. Para estes, a ideia de uma união pessoal com a Espanha seria
altamente proveitosa para Portugal, que estava a passar um mau momento
económico.
A 24 de Julho de 1580, durante a preparação para a
esperada invasão espanhola, D. António foi aclamado rei de Portugal pelo povo,
no castelo de Santarém. D. António pedira ao povo que o aclamasse apenas
regedor e defensor do reino, mas já o povo rejubilava. É aclamado também em
Lisboa, Setúbal e em numerosos outros lugares [1]. No entanto, um mês mais
tarde, a 25 de Agosto, as suas forças são derrotadas na batalha de Alcântara
pelas do duque de Alba.
Em 1580 inicia-se a União Ibérica ou Domínio Filipino que
trouxe desvantagens para Portugal e, para além disso, foi um período de 60 anos
em que Portugal esteve sob o domínio de reis espanhóis.
Ao descontentamento do povo, provocado pelo agravamento
dos impostos, associou-se o da nobreza e o da burguesia.
A nobreza, porque não tinha acesso aos altos cargos a que
aspirava e era obrigada a participar na guerra sem qualquer recompensa; a
burguesia, porque viu diminuir os seus lucros comerciais com a concorrência de
holandeses, ingleses e franceses e com os ataques às nossas colónias.
Toda esta situação fez aparecer em Portugal um clima
generalizado de agitação. A nobreza começou então a conspirar e a preparar uma
revolta. Foi no Palácio da Independência, também chamado Palácio da
Restauração, que D. Antão de Almada, o proprietário do palácio, e os 40
conjurados planearam a última reunião que deu origem à Restauração da
Independência de Portugal. Este palácio fica situado no Largo de São Domingos,
junto ao Largo do Rossio em Lisboa.
No dia 1 de dezembro de 1640, alguns nobres portugueses
vão ao Paço da Ribeira, matam o secretário de Estado, D. Miguel Vasconcelos, e
prendem a duquesa de Mântua, que era a representante do rei de Espanha em
Portugal.
É, então restaurada a independência de Portugal e D. João
IV é aclamado rei. Entretanto começa a Guerra da Restauração, na qual os
portugueses vencem os espanhóis em várias batalhas e, termina em 1668, com um tratado de paz entre Portugal e Espanha.
Texto: Maria José Fernandes, 7º B, Clube de Jornalismo
Fontes: História e
Geografia de Portugal, 5ºano, Fátima Costa e António Marques, Porto Editora;
Wikipédia.
Foto do palácio da Independência: goo.gl/qGUPQa