Tintim, o
mais célebre repórter da banda desenhada, festeja hoje os seus 90 anos.
Foi no dia 10 de janeiro
de 1929 que os leitores do Petit
Vingtième, um suplemento juvenil do jornal belga Vingtième Siècle, conheceram Tintim, já acompanhado pelo seu
inseparável Milu, um fox-terrier de
pelo branco.
Com mais de 250 milhões de
livros vendidos, traduzidos em 45 línguas, Tintim continua a cativar gerações
em todos os continentes. Tintim conheceu-os todos e até foi à Lua. De facto, as
Aventuras de Tintim são um autêntico livro de História do século XX, em que os
valores de justiça, coragem, amizade e liberdade ligam os 23 livros desta
coleção criada por Hergé.
Hergé, pseudónimo de Georges
Remi (1907 – 1983), foi um autor belga de banda desenhada, conhecido sobretudo
pelas Aventuras de Tintim. O seu pseudónimo formou-se a partir das iniciais do
seu nome: “R” de Rémy e “G” de Georges. Começando por ser um desenhador amador,
entrou em 1924 para o jornal Vingtième Siècle
(Século Vinte) onde publicou As Aventuras de Tintim, no suplemento Le Petit Vingtième, dirigido ao público
infanto-juvenil.
Hergé, um dos primeiros
autores francófonos a usar a ténica de balões utilizada pelos desenhadores
americanos, é considerado o pai da banda desenhada europeia. Depois, criou o
seu estilo, introduzindo várias inovações técnicas que ainda hoje são usadas na
banda desenhada, graças também a um conjunto de grandes desenhadores que levou
para o seu estúdio. No famoso estúdio Hergé, trabalharam nomes importantes da
banda desenhada, como Edgar P. Jacobs, criador dos detetives Blake e Mortimer,
e Jacques Martin, criador da personagem Alix, que constituíram, juntamente com
outros desenhadores, o embrião de uma verdadeira “escola” de banda desenhada, a
BD franco-belga.
Para conhecer melhor a
obra deste autor tão importante para a história da BD europeia, aconselhamos
uma visita ao Museu Hergé, em Lovaina-a-Nova (Louvain-la-Neuve), perto de
Bruxelas.
Texto e fotos: Jornal Moliceiro