23 de abril: Wiliam Shakespeare



   William Shakespeare nasceu em Stratford-upon-Avon (Inglaterra), há precisamente 452 anos (1564). Morreu na mesma cidade em 1616, há precisamente 400 anos.


   É considerado um dos maiores escritores de sempre e o mais influente dramaturgo do mundo. Além de escrever peças de teatro (chegaram até nós 37), escreveu cerca de 160 sonetos e outros poemas. Também foi ator.


   Escreveu 18 comédias, 12 tragédias e 7 dramas históricos. De todas as suas obras, convém referir as comédias Sonho de uma noite de verão e Muito barulho por nada e as tragédias Hamlet, Rei Lear e Macbeth, sendo estas últimas consideradas entre as mais importantes obras jamais escritas em inglês. 


   Deixamos aqui uma das passagens mais célebres de uma das obras emblemáticas deste genial escritor.

To be, or not to be: that is the question: / Whether 'tis nobler in the mind to suffer / The slings and arrows of outrageous fortune, / Or to take arms against a sea of troubles, / And by opposing end them? To die: to sleep; / No more; and by a sleep to say we end / The heart-ache and the thousand natural shocks / That flesh is heir to, 'tis a consummation / Devoutly to be wish'd. To die, to sleep; / To sleep: perchance to dream: ay, there's the rub; / For in that sleep of death what dreams may come / When we have shuffled off this mortal coil, / Must give us pause: there's the respect / That makes calamity of so long life […]
William Shakespeare, in HAMLET - Act III, Scene 1

Ser ou não ser, essa é a questão: / Será mais nobre suportar na mente / As pedras e as flechas da trágica fortuna, / Ou pegar em armas contra um mar de problemas / E, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, / Nada mais; e dizer que pelo sono se acabam / Os males do coração, como os mil abalos / Inerentes à carne — é a conclusão / Que devemos buscar cuidadosamente. / Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema; / Pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, / Uma vez livres deste invólucro mortal, / Fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a fatalidade desta vida. […]
William Shakespeare, in Hamlet, Ato III, Cena 1

Texto e foto: Jornal Moliceiro