William Shakespeare nasceu em Stratford-upon-Avon
(Inglaterra), há precisamente 452 anos (1564). Morreu na mesma cidade em 1616, há precisamente 400 anos.
É considerado um dos maiores escritores de sempre e o mais
influente dramaturgo do mundo. Além de escrever peças de teatro (chegaram até
nós 37), escreveu cerca de 160 sonetos e outros poemas. Também foi ator.
Escreveu 18 comédias, 12 tragédias e 7 dramas históricos. De
todas as suas obras, convém referir as comédias Sonho de uma noite de verão e Muito
barulho por nada e as tragédias Hamlet,
Rei Lear e Macbeth, sendo estas últimas consideradas entre as mais
importantes obras jamais escritas em inglês.
Deixamos aqui uma das passagens mais célebres de uma das
obras emblemáticas deste genial escritor.
To be, or not
to be: that is the question: / Whether 'tis
nobler in the mind to suffer / The slings
and arrows of outrageous fortune, / Or to take
arms against a sea of troubles, / And by
opposing end them? To die: to sleep; / No more; and
by a sleep to say we end / The heart-ache
and the thousand natural shocks / That flesh is
heir to, 'tis a consummation / Devoutly to
be wish'd. To die, to sleep; / To sleep:
perchance to dream: ay, there's the rub; / For in that
sleep of death what dreams may come / When we have
shuffled off this mortal coil, / Must give us
pause: there's the respect / That makes
calamity of so long life […]
William Shakespeare,
in HAMLET - Act
III, Scene 1
Ser ou não
ser, essa é a questão: / Será mais nobre suportar na mente / As pedras e as
flechas da trágica fortuna, / Ou pegar em armas contra um mar de problemas / E,
enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, / Nada mais; e dizer que pelo sono se acabam
/ Os males do coração, como os mil abalos / Inerentes à carne — é a conclusão /
Que devemos buscar cuidadosamente. / Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar —
eis o problema; / Pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, / Uma vez
livres deste invólucro mortal, / Fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a fatalidade
desta vida. […]
William Shakespeare,
in Hamlet, Ato III, Cena 1
Texto e foto: Jornal Moliceiro